Sou o Jaime Aniceto, vivo em Montoito e tenho 33 anos. Iniciei o meu percurso escolar aos 6 anos com a entrada para o primeiro ciclo onde tive sempre boas notas, tal como no 5°e 6°ano que completei na telescola em Montoito.
Aos 12 anos, com a entrada para o 7°ano, veio também o primeiro contacto com os transportes públicos visto que tinha de apanhar o autocarro ainda de noite para ir para a escola e ao final da tarde para regressar a casa. Não sei se por este motivo ou por outro, nessa altura reprovei alguns anos. Então, por imposição do meu pai e por minha escolha resolvi sair da escola e começar a trabalhar com ele na oficina que tínhamos.
Aos 16 anos iniciei o meu percurso profissional na Hidrotec, que era uma empresa de piscinas e tratamentos de água. Ao início como ajudante e alguns anos depois como técnico, o que futuramente se tornou muito importante porque foi lá que tive o primeiro contacto com a eletricidade e alguma automação de que tanto gosto. Esta acabou por ser a minha profissão durante 8 anos até aos dias de hoje.
Como tinha muitas responsabilidades e o vencimento era ainda o semelhante ao de um ajudante, ao fim de 8 anos, tentei melhorar a minha vida e arranjei emprego na EPCOS, futura Kemet, onde trabalhei durante um ano e meio.
Quando saí da Kemet, estive desempregado durante um tempo até arranjar emprego novamente numa empresa de tratamento de águas que se chamava "Topo da Fonte", onde desempenhava todas as funções de técnico e ainda dava uma ajuda nas vendas e na elaboração de orçamentos. Foi também mais menos nesta altura que acabei por concluir o 9°ano de escolaridade por RVCC na Partnerhotel. Como neste emprego fazia um pouco de tudo e muito mais do que aquilo que competia, achava também que não era devidamente remunerado visto que me eram prometidas várias comissões que nunca me foram pagas, acabando por ser este o principal motivo da minha saída ao fim de dois anos. Mais uma vez desempregado, resolvi abrir um negócio nas áreas em que tinha experiência e que mantive durante 3 anos. Foi a única saída para pagar as contas que tinha nessa altura em que tinha vários problemas familiares e até pessoais que, às tantas, acabaram por me mandar a baixo; estando então cerca um ano ou dois sem sequer sair de casa. Altura em que um amigo, me foi buscar a casa para começar a trabalhar com ele no campo e assim recuperar da depressão ou esgotamento que tinha.
No início de 2015 voltei então a arranjar emprego na minha área na TEKBOX, uma empresa de engenharia da água que gere a ETARI da Embraer, onde estive a trabalhar cerca de um ano e que foi o último emprego que tive antes de iniciar esta formação que tanta falta me faz.